terça-feira, 16 de agosto de 2011

Quando a noite não passa. Nasce uma poesia triste.

  A noite caminhava em passos lentos e silenciosos, a companhia das paredes do quarto deixava 

minha própria existência insuportável, a leve brisa que pousara sobre minha pele, fez-me lembrar da janela 
do quarto aberta durante todo o dia, e como as frágeis cortinas que enfeitava a janela, deu passagem 

ao sol que como em um desaguar de um forte rio, projetou sua imagem na parede. Mas agora já é 

noite, levanto-me e tranco a janela, como alguém que trancar a imagem da pessoa amada em sua 

mente, para sentir conforto e segurança, voltando para cama vejo alguns livros que nunca foram lidos, 

peço que ouça meu desabafo como se fosse de um  réu que já foi sentenciado a morte. Quando a noite 

não passa, nasce uma poesia triste.

Djavan Lopes.

3 comentários:

  1. Djavan, mesmo da escuridão da noite, surge uma luz, que é a inspiração desde belo poema.

    Poesia valorosa.

    Abraços!

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  2. Perfeito Dja! Quando li o título já achei de uma beleza, objetividade e clareza única, mas tive a surpresa de ver que as linhas do texto estão ainda mais belas e tocantes. É assim mesmo, viver de amor é estar sentenciado a morte, inclusive se este for platônico, mas o paradoxo é que é na morte que há a possibilidade de vida abundante rsrs... Lembra o q disse nosso mestre? - Jesus: “Se o grão de trigo, lançado na terra, não morrer, fica só, como é; mas, se morrer, produz abundante fruto”.

    Continue Dja, a persistência leva a perfeição... abraço!

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  3. Djavan, primeiramente quero lhe agradecer pela visita e comentário gentil.

    Meu avô ainda é vivo e lúcido mesmo com 89 anos anos.
    Ele tem 15 filhos, sendo 11 homens e 4 mulheres.
    E ainda criou vários netos.

    Em razão da família está espalhada em todo país, não sei quantos bisnetos ele tem, mas calculo uns 40.

    Sua família é linda!

    Abraços!

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