sexta-feira, 22 de junho de 2012

Medos e Versos


Medos e versos, não vou esconder os meus versos, em papeis amassados, mesmo que eles sejam incultos em suas falas, brotem borrados, ainda que falem de medos e incertezas.
 Afinal eu sou os meus versos, e meus versos me têm. E eu tenho medos e versos.
Djavan Lopes. 

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Pode entrar a porta está encostada


Ei psiu, não vá embora pode entrar a porta não está trancada, apenas encostada. Preciso mesmo desabafar aos seus ouvidos sensíveis, por favor, sente-se, Sei que pode equacionar meus questionamentos infantis, e tolos.  

Como consegue me refazer sempre que estou em pedaços?  Faz isso de tal maneira que nem percebo, quando me vejo já estou de pé, apoiado em suas grandes mãos, com novo folego, disposto a caminhar as longas e incertas estradas da vida, nunca lhe forneci meu endereço, mas sempre bate em minha porta.

Lembro-me das minhas noites gemendo em total caos mental. Ai está um coisinha que quero saber, é verdade que nessas noites de tão apresada para chegar a minha casa,  “você não adentrava pela porta, mais feria as paredes do meu quarto”? Para simplesmente se deitar na cabeceira da  cama e dizer:- “durma querido estou aqui”.

 Encostei a porta querendo fazer desse gesto um esconderijo, devindo as pancadas da vida, mas, ei psiu, não vá embora pode entrar a porta não está trancada, apenas encostada.

Amiga esperança! Pode entrar.


Djavan Lopes.

terça-feira, 1 de maio de 2012

O DEUS QUE NÃO É IMAGINÁRIO, MAS NÃO VEJO


O meu Deus é um Deus imaginário, por que não vejo, mas posso sentir, confesso que essa afirmação me parece paradoxal, como afirmar a presença de quem você não conhece.  Para ilustrar o que quero dizer vou narrar um fato que marcou minha vida, há alguns anos, eu criava uma cadela que se chamava: “CAT” sei que é engraçado uma cadela, tendo que conviver com o estigma de ser chamada de “GATO”. É o significado de “CAT” em inglês. Pois bem essa minha cadela fazia algo que emocionava o meu bobo coração. Quando eu chegava em minha casa, que abria a porta da frente e falava com minha mãe, “CAT” bravamente começava a latir, parecendo que queria minha presença com urgência no quintal da casa onde ela ficava. Certa feita, minha mãe percebeu que ela só fazia isso quando ouvia minha voz, mesmo convivendo com os meus demais familiares.
  
O que tem haver essa narrativa com o DEUS QUE NÃO É IMAGINÁRIO, MAS NÃO VEJO. Eu permitia que minha cadela “CAT” fizesse parte da minha vida, eu a levava para fazer as necessidades fisiológicas, sempre era eu que rompia suas correntes levando-a para passear. MAS O DEUS QUE NÃO É IMAGINÁRIO, MAS NÃO VEJO, não precisa ficar ouvindo minha voz para se relacionar comigo, ele mesmo me relaciona com ele, procurou fazer isso em um jardim, chamado “Jardim do Éden”, alguns conhecem esse jardim como lugar de delicias.      

Depois o DEUS QUE NÃO É IMAGINÁRIO, MAS NÃO VEJO. Veio em outra forma se relacionar comigo, veio em forma de homem. Mas mesmo assim não conseguir ver o DEUS QUE NÃO É IMAGINÁRIO, MAS NÃO VEJO.  Minha cadela “CAT” parecia conhecer uma única voz, o DEUS QUE NÃO É IMAGINÁRIO, MAS NÃO VEJO, Conhece todas as vozes do mundo. E está pronto para ouvir as maiores queixas e dores do mundo. Nenhuma dor é demasiadamente pesada para seus ouvidos. GLÓRIAS AO DEUS QUE NÃO É IMAGINÁRIO, MAS NÃO VEJO. Quando estava na rua ficava preocupado, pensando que “CAT” pudesse está embaraçada com a corrente que a prendia, e muitas vezes essa preocupação fez com que eu aumentasse os passos em direção a minha casa, em direção a “CAT”. O DEUS QUE NÃO É IMAGINÁRIO, MAS NÃO VEJO. É ele que tem preocupação por minha vida como um todo, e com certeza caminha em minha direção, e tem forças para romper minhas correntes de cada dia.

AO DEUS QUE NÃO É IMAGINÁRIO, MAS NÃO VEJO.
SEJA A GLÓRIA, HOJE PARA TODO SEMPRE AMÉM.
   
Djavan Lopes. 

sábado, 21 de abril de 2012

Meu eu estranho



Como é conflituosa minha relação com meu eu estranho, sou seu estrangeiro com dificuldade idiomática, uso mimicas na minha tentativa de comunicação. Ele não consegue de maneira alguma me tratar com um bom e velho amigo, que seria natural pelo tempo que nós conhecemos. Pelo contrário ele me trata como um estranho, com uma voz mansa, mas fria de qualquer sentimento sempre expele minhas posições, que ele sabe ser mascarada, quando aceito o discurso esmagador da maioria, para simplesmente não romper com ninguém. Com medo de enfrentar a dor. Preciso saber que ainda me resta tempo, para entender que as curvas sempre me serão estranhas até que eu nelas esteja. Sei é difícil, mas sou estranho para comigo, não me conheço. Já disse: Francis bacon “Triste destino é o homem morrer conhecido de todos, mas desconhecido a si mesmo.”

Como enfrentar o traje que um ser estranho foi criado dentro de mim? Como ele conseguiu sobreviver em um lugar tão inabitável e escorregadio? Será que ele sobreviveu com as refeições diárias de arquétipo? Bebendo das doses de persona, que eu introduzia sempre em minhas veias. Que só hoje sei que é composição de dois letais venenos não só para o corpo mais também para alma. Quem vou apresentar quando alguém se aproximar da porta do meu (EU)? Quem eu quero ser. Apesar de todas as minhas milícias com toda minha simpatia, companheirismo, alegrias, desapontamentos, dores e tristezas. Ou meu eu estranho?  Quem conseguir caminhar comigo na primeira opção construirão uma caminhada segura para toda vida. Quem optou pela segunda opção ficará na companhia dos arquétipos e persona do meu eu estranho.

Djavan Lopes.

terça-feira, 20 de março de 2012

Você, no foco das minhas lentes



Quando você está no foco das minhas lentes, tenho efervescência das ricas alegrias.

Quando você está no foco das minhas lentes, rejuvenescem, minha carne, meus Juízos, em um dia perdido.

Quando você está no foco das minhas lentes, as repetições dos seus gestos, é gestos que me encantam, me seduz nas armadinhas que me apaixona, a monotonia em sua

fala, é a fala que me empresta as mais belas poesias, que no coração rabisco e no papal
posto. Você no foco das minhas lentes, arquiteto planos, para não voltar do paraíso

para onde viajo, quando estou com você no foco das minhas lentes.

Djavan Lopes.
. 

terça-feira, 13 de março de 2012

Na noite em que meu coração chorou.



Em uma noite sem calmaria dentro 

de mim, uma voz silenciosa, mas 

aguda a visa para meu coração:- 

Bastará um vapor de lembrança 

para que seu coração tombe para 

fora do seu peito. Lágrimas 

pesadas começaram a brotar, em 

uma face, que antes estava vestida com um melancólico 

sorriso, encontrou guaritas, em vivas lembranças, então 

chorei, chorei desejei ser uma das lagrimas que quando me 

viu em tamanha carência da presença, fugiu pela greta da 

porta, chorei porque não aprendi negociar com meu próprio 

coração, nas noites em que ele que chorar.


Djavan Lopes.

terça-feira, 6 de março de 2012

Si as mulheres não fossem daqui



Se as mulheres não fossem daqui, o mundo com certeza não entenderia, por exemplo,   profundidade  em dizer: "Amor de mãe"

Se as mulheres não fossem daqui, o mundo seria grande e desamparado orfanato.

Se as mulheres não fossem daqui, os homens diante das aflições, lutas, percas , seriam consolados apenas um dia em um ano, e não eternamente.

Se as mulheres não fossem daqui, os homens não seriam capazes de diferenciar dias de chuva, de dias ensolarados, não saberia se estavam diante de uma noite ou um dia,  pois todos os dias seriam tediosos.   

Se as mulheres não fossem daqui, o mundo seria sem musica, sem poesia, sem arte, sem movimentos!

Se as mulheres não fossem daqui, eu não viveria nesse vale.

Feliz dia internacional da mulher! Que sempre nos ensinam o que é amor.

Para minha querida mãe

Minhas irmãs.

Ao ser que em uma vida se torna eterna. Mulher.

Djavan Lopes.