sexta-feira, 22 de junho de 2012

Medos e Versos


Medos e versos, não vou esconder os meus versos, em papeis amassados, mesmo que eles sejam incultos em suas falas, brotem borrados, ainda que falem de medos e incertezas.
 Afinal eu sou os meus versos, e meus versos me têm. E eu tenho medos e versos.
Djavan Lopes. 

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Pode entrar a porta está encostada


Ei psiu, não vá embora pode entrar a porta não está trancada, apenas encostada. Preciso mesmo desabafar aos seus ouvidos sensíveis, por favor, sente-se, Sei que pode equacionar meus questionamentos infantis, e tolos.  

Como consegue me refazer sempre que estou em pedaços?  Faz isso de tal maneira que nem percebo, quando me vejo já estou de pé, apoiado em suas grandes mãos, com novo folego, disposto a caminhar as longas e incertas estradas da vida, nunca lhe forneci meu endereço, mas sempre bate em minha porta.

Lembro-me das minhas noites gemendo em total caos mental. Ai está um coisinha que quero saber, é verdade que nessas noites de tão apresada para chegar a minha casa,  “você não adentrava pela porta, mais feria as paredes do meu quarto”? Para simplesmente se deitar na cabeceira da  cama e dizer:- “durma querido estou aqui”.

 Encostei a porta querendo fazer desse gesto um esconderijo, devindo as pancadas da vida, mas, ei psiu, não vá embora pode entrar a porta não está trancada, apenas encostada.

Amiga esperança! Pode entrar.


Djavan Lopes.